Por que o Pantera Negra não é nossa utopia?

Por Inês Maia[1]

Ouvi dizer que vocês estão animadas com o filme Pantera Negra, não vejo motivo para a animação, mas pelo que vi, escutei e andei lendo, se trata da questão da representatividade.


A ideia de vocês é de que, enfim; a indústria cultural norte-americana reconheceu a importância de representar os negros em seus filmes de heróis. Como meu papel é o de sempre jogar água no chope da turma, vou fazer novamente isso e peço que ao fim da aula vocês me questionem, me interpelem e não tenham vergonha de se contrapor a minha leitura e interpretação desse filme.

Em primeiro lugar, é preciso questionar qual o significado da explosão de filmes de heróis. Há vários fatores para tanto que vão desde a infantilização e impotência do indivíduo moderno sujeitado pelo trabalho e pela dívida até o ambiente temerário de uma eterna pré-guerra, pré-atentado e violência normatizada que vivemos hoje. Não vou me estender sobre isso porque daria tema para mais de uma aula.

Em segundo lugar, a gente tem dois sentidos para o cinema, duas interpretações antagônicas e que dizem muito: 1) o cinema como obra de arte; 2) o cinema como propaganda e visão de mundo imperialista. Naturalmente, a indústria do cinema hollywoodiana é totalmente estruturada como propaganda e difusão do american way of life.

Isso não impede que hajam filmes norte-americanos que são verdadeiras obras de arte, mas são exceções que comprovam a regra!

É claro que filmes de heróis são todos agenciados pelo departamento de defesa norte-americano e estão no interior do segundo ponto. Ainda posso acrescentar que devemos sempre estar atentas porque neles estão esboçados de maneira sútil todo processo ideológico da forma de vida totalitária dos EUA.

Dito todas essas coisas passo para uma avaliação do filme. E agradeço a Vitória por me pedir uma leitura desse filme:

Uma abertura lúdica, com músicas africanas estrondosas e aperfeiçoadas pela indústria cultural norte-americana. Vai-se em poucos minutos de uma África mítica, antiga e resguardada por mitologias criadas pela forma de controle etnológica, para uma África potente, tecnologicamente desenvolvida cravada e oculta no meio do continente africano.

Todas as personagens negras, ainda que se diga o contrário, em sua performance guardam o ideário ocidental do que é ser Negro, do que é pertencer a África. O vibranium é a fonte de onde emana a riqueza do reino oligarca defendido sobretudo pelo apego à ancestralidade, enquanto o exército de mulheres é saudado, pelos corações empoderados, por aquilo que um exército faz de melhor: obedecer. Haja não pense: é esse o significado dado às mulheres negras no filme.

Se os Panteras Negras nasceram no gueto de Oakland com uma pauta que ultrapassava a localidade e se chocava com a ordem instituída. O herói Pantera Negra é a subsunção da potencialidade questionadora daqueles pela prática conformadora deste. É justamente esse o significado da ideia servil de representatividade jurídica, abstrair a singularidade do conjunto para impor um singular que expresse o conjunto a despeito das diferenças e singularidades no interior do conjunto.

A identidade é uma doença, ela tem importância somente na medida que forja uma estrutura simbólica da psique que precisa ser ultrapassada. Como eu já havia dito em aulas passadas quando a gente visitou Freud: é na identificação que a ligação mútua entre indivíduos da massa é produzida pela característica afetiva em comum e essa característica se encontra por vezes no tipo de ligação com o líder.

Wakanda – o lugar mítico e claramente patriarcal – do último filme de herói da Marvel é o espaço que gera identificações afetivas, a despeito de suas características singulares e francamente reacionárias. T’Challa é a encarnação do líder insosso que cumpre as funções monárquicas herdadas pelos seus ancestrais numa espécie horrorosa de dinastia cujos componentes místicos somam-se ao processo de identificação inquestionável.

Como qualquer monarca, sua profundidade psíquica é rala – ainda que em algum momento questione a escolha do pai é só para ele mesmo tomar o seu lugar e fazer o mesmo: eliminar e obliterar qualquer possibilidade de transformação efetiva.

Tudo no formato esperado de uma indústria cinematográfica que contou com um exército de publicitários e com orçamento de 200 milhões de dólares. A jogada de marketing foi tão pertinente e eficaz que, sabendo que o Brasil é o pais com maior número de negros fora da África, o seu lançamento – anterior ao dos EUA – conseguiu arrecadar por aqui, na primeira semana, 9 milhões de reais e as suas receitas já chegam em quase 1 bilhão. Isso que é revolução mediante a crise do cinema americano (!).

O sucesso acrítico do filme encontra correspondência na falta de perspectivas que grassou numa esquerda retraída que aceita de antemão os limites impostos pelo jogo. Sabendo dessas implicações um artigo que avaliava o filme abre sua “crítica” dizendo o seguinte:

“Algumas contradições não exigem solução imediata, apenas reconhecimento. Por um lado, é evidente que o mercado percebeu a pequena ascensão de grupos até então excluídos como consumidores em potencial e se lança assim em uma sanha produtiva e exploratória com todo tipo de produtos especializados dentro da lógica mais vulgar: “identidade” = “nicho de mercado”. Por outro, é evidente que esta ascensão é fruto de pressão e lutas populares dos mais variados tipos e que, ainda que não fosse, sendo o mundo ainda o mundo da mercadoria, o impacto psicológico e moral que a criação de produtos materiais e imateriais voltados para estes grupos até então invisibilizados é gigantesco com implicações políticas ainda a serem compreendidas – em uma palavra: representatividade. De produtos para cabelos crespos, passando por bonecas negras, Miss Brasil negras, chegando no filme do Pantera Negra – finalmente heróis e heroínas com rostos parecidos aos da maior parte das crianças brasileiras[2]”.

Toda a questão das lutas é reduzida para a esfera da visibilidade e da representatividade que tem seus lastros na própria forma degenerada de democracia liberal. Quer dizer, aceita-se de antemão a derrota para logo em seguida transformá-la em triunfo mercadológico “com impactos ainda não compreendidos”. O que se expressa de maneira visceral no próprio filme. No entanto, funcionando como produto ideológico, vazio e abarcável a qualquer leitura da realidade, o filme foi capaz de agradar todos os meridianos ideológicos e principalmente os defensores do mercado que viram afinal que o final lhes concebia. São estes limites que transparecem e circundam a figura do antípoda de T’Challa, Erik o Killmonger.

Este personagem que potencialmente teria sido brilhante, não fosse as limitações do maniqueísmo da Marvel, tem seu processo de identificação cancelado justamente pelo modo hábil com o qual a cinematografia estadunidense consegue tornar asqueroso as características que poderiam desencadear alguma mudança estrutural.

No fundo ressoa a sempre bem entoada cantinela da direita liberal – que é abraçada acriticamente pela esquerda progressista: qualquer coisa além dos limites impostos pode recair em totalitarismo. E assim abraçam acriticamente o totalitarismo dos bancos.

Visto por outro prisma, o filme Pantera Negra é uma ótima narrativa cinematográfica das propostas da direita levada adiante pela esquerda liberal nos dias atuais.

Em primeiro lugar, não precisa existir democracia se nossa identificação for guiada por líderes e técnicos capazes de fornecer o melhor para nós – a própria Wakanda é um misto de monarquia tribal guiada por uma tecnologia altamente desenvolvida.

Em segundo lugar, a tentativa de questionar tais pressupostos, ainda que tenha razão, sempre acaba em assassinato, maior opressão e desequilíbrio social que pode pôr tudo a perder. Por fim, o recado é claro: a revolução social internacional é uma utopia de assassinos sedentos pelo poder.

Com uma poderosa ambientação, que só torna o filme mais ideológico, já está realizado o sonho do retorno às raízes. Por isso, é mais que necessário reduzir as perspectivas de Erik aos percalços sofridos por ele na intimidade da vida particular. Sua mudança é somente algo de cunho moral e individualista, o que o move, por trás dos discursos inflamados, é somente o desejo de vingança. Sejamos mais complacentes e aceitemos nossos limites frente à um mundo em ebulição para evitar que “populistas” como Erik tenham sucesso, eis o recado.

Assim, a mítica Wakanda é só uma aliança oligárquica entre ciência e riqueza que exige todo o poder. O seu discurso claramente garveyano, inclusive em toda sua caricatura, retoma o velho princípio da filiação em uma comunidade enraizada no sangue e na religião dos antepassados.

Logo, as soluções “políticas” certas são reconhecidas pelo fato de que não precisam ser escolhidas, pois decorrem do líder amado e do conhecimento do estado objetivo das coisas que é assunto para os mais capazes. E há quem diga que isso não é distópico, soa mais como uma versão sofisticada do Grande Irmão orwelliano.

É assim que podemos compreender a princesa Shuri – cujo linguajar foi retirado das redes sociais – como aquela cujos saberes técnicos e científicos servem não apenas para proteger a mítica Wakanda como para sustentar sua forma de organização nos aclamados trens de vibranium.

Governar sem povo porque o próprio povo se tornou não apenas indiferente senão inútil para o estabelecimento das vias do sistema parece ser uma prerrogativa certa. Por isso, não há política em Wakanda senão nos círculos oligarcas próximos ao rei e a CIA que sempre interfere por fora.

Democratizar Wakanda seria colocá-la na bagunça eurocêntrica e nas lutas intestinais que desorganizaria o princípio organizador da riqueza, da ciência e do consequente poder emanado pelas tradições ancestrais. Quem não se lembra que até hoje o Haiti sofre por sua insolência em ter capturado para si a “epistemologia branca” e subvertido seu sentido.

T’Challa e sua irmã Shuri não são simplesmente monarcas e sim gestores de crises. Sua apresentação fílmica é a de simples administradores dos impactos locais frente as necessidades mundiais. Necessidades estas que são trazidas pelo questionamento social-democrata de Nakia. Os assuntos públicos são assim despolitizados, o povo é inexistente fora da corte, é somente um coadjuvante que nem soube que o reino foi ameaçado por um – como insistiu em alcunhar a noiva de T’Challa, Nakia – estrangeiro que não merece o trono.

O filme apresenta claramente qual seria o projeto que poderia fomentar um desenvolvimento técnico e econômico sem precedentes – segundo a visão imperialistas é claro: um Estado sem intervenção da democracia. Se o Negro até hoje viveu as margens da sociedade, oferta-se a ele a adesão ao consenso eterno que repudia os conflitos antigos e dobra-se às soluções dos especialistas que só podem discuti-las com os representantes escolhidos pelos deuses que compõe a oligarquia.

Naturalmente para que isso se dê não é necessário falar de democracia, ou se se falar sobre ela deve-se ter em consideração suas limitações que jamais serão demonstradas ao público: o admirável sistema que dá à minoria rica o poder de governar. Também, nenhuma referência é feita aos Black Panthers e assim se mumifica sua memória na aventura malfadada desbaratada com violência pelo FBI.

Olhados pelo anverso da história concreta, Wakanda demonstra que o enfraquecimento das lutas sociais e dos movimentos de emancipação permitiram que se instalasse uma visão cujo consenso é dado pelos gestores da crise emprenhados no sistema oligárquico.

Os assassinatos em vão cometidos por Erik, o estrangeiro, é só a retórica bestializada desse consenso da ordem que renega religiosamente qualquer ato para além dela. Numa das cenas menos eloquentes e cujo objetivo é uma desindentificação com o vilão, no ritual com os ancestrais, Erik retorna ao seu lar em Oakland e se depara com o espírito de seu pai, o diálogo é só uma demonstração do destino cumprido e dos riscos que Erik tem para manter seu reinado, pois, como se sabe ele está fora do consenso. Quando acorda desse diálogo sensível, o vilão também acorda e quase enforca uma matriarca numa cena digna de pastiche do Batman dos anos 1960.

Independente das prerrogativas de manter intocada sua “comunidade”, T’Challa sabe que a voz dissonante de Erik tem razão, e isto porque aquilo que Achille Mbembe chamou de devir-negro do mundo[3] está ocorrendo a todo vapor. Nesse sentido, Erik que sabe muito bem como as redes da dominação de raça funcionam no corpo e no pensamento demonstra que salvaguardar essa comunidade nos termos impostos é manter uma máquina social e técnica a favor da exclusão, degradação e embrutecimento. Mas, esse é o limite ingênuo (ou não) do filme e sua resolução reacionária: Erik ao ser eliminado consegue instituir um novo horizonte domesticado por T’Challa e pela social-democrata Nakia.

Se toda humanidade subalterna se tornar negra, os limites de uma gestão de crise estão dados[4], mas cooptando as tendências de transformação efetiva dada por tais limites, T’Challa e seu reino terão que sair do segredo. A ONG de Wakanda na periferia de Oakland, com a anuência da CIA, ao final do filme, demonstra a única resposta que o universo Marvel e seus pressupostos claramente direitistas podem dar a crise permanente do capital. É um convite a gestores que queiram estar ao lado das oligarquias financeiras constituídas para manter o status quo. Por fim, o retorno às raízes é altamente rentável.

Essa não é definitivamente nossa utopia!


[1] Esse texto é uma transcrição da aula de Inês Maia dada em 25 de abril de 2018.

[2] https://www.revistaforum.com.br/pantera-negra-uma-utopia-no-auge-do-cinema-distopico/

[3] O devir-negro do mundo é por assim dizer a equalização da miséria e dissolução imposto pelo neoliberalismo que antes estavam relegados ao povo preto “a esse novo caráter descartável e solúvel, a sua institucionalização enquanto padrão de vida e à sua generalização ao mundo inteiro, chamamos o devir-negro do mundo Cf. MBEMBE, A. Crítica da razão negra. Lisboa, Portugal: Antigona, 2014.

[4] Mbembe novamente.

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2 comentários em “Por que o Pantera Negra não é nossa utopia?”

  1. Grande prazer novamente poder ler um texto seu, Inês!

    1) Pelo visto isso foi um texto pra uma aula sua. Você possui gravacoes da suas aulas, artigos, etc? Socializa aí sua produção intelectual!

    2) Onde posso encontrar dados sobre a mediação que faz o departamento de defesa norte americano em relação aos filmes (somente de heróis ou como um todo?)?

    3) Impressionante como a perspectiva revolucionária é sempre vista como uma ameaça daquilo que, no fundo, já existe atualmente!!! Temem o que há de mais catastrófico das experiências socialistas para justificar a permanência da chacina capitalista, como se Obamas e Djalmilas fossem faróis da esperança (no final das contas, são mais próximos das canetas do esquecimento do MIB – Homens de Preto, que qualquer coisa).

    4) Qual deveria ser a nossa posição, enquanto militantes socialistas (anarquistas, bolcheviques, autonomistas, conselhistas), em espaços impregnados desse imaginário primitivista e reacionário? Na minha atuação, creio que há duas táticas, que ainda não sei qual melhor se encaixa na estratégia geral de luta anti-capitalista.

    A) A tática “agregadora”

    Em caso de sermos minoria numérica em determonado espaço (curso na universidade, pré-vestibular social, sindicato [improvável, mas vai que]), seria melhor estarmos forjando acordos teóricos mínimos (anti-racismo, desmistificação da democracia racial, manutenção das cotas, discutir autores que, paradoxalmente também são referenciados por eles [Fanon, Mbembe, Amilcar Cabral]) para que possámos dar uma outra visão da luta anti-racista.

    Os prós dessa via seria aproximar-se desse conjunto e apresentar uma outra interpretação e diretriz prática para a resolução do problema. Estudo num lugar onde nunca se debateu questao racial nas grades até aparecer alguém para discutir por meio desse viés. Ou seja, mais uma vez os estudantes não puderam ter a oportunidade de serem incentivados a lerem a questão racial ligada à luta de classes, e quem cumpriu o vácuo da questão racial foi essa linha teórica mais afrocentrada.

    Se por um lado havia os pontos negativos de ser mais uma teoria academicista que sequer analisava os impactos das medidas governamentais dos ultimos governos para a populacao negra (reforma trabalhista, previdência, privatizacão da CEDAE no RJ, etc etc) e também reproduzia o vício do progressismo de debater mais moral do que estratégia, por outro lado também foi uma oportunidade para muita gente reconhecer-se enquanto negro e abrir a discussão sobre racismo na instituição, etc.

    Já vi isso dando certo, de certa forma, e abrindo possibilidade ao diálogo e unidades táticas pontuais para lutas específicas (queredo ou não, o recorte unilateral da raça muitas esbarra nas questões classistas, como a luta por permanência estudantil, como ocorreu na ocupação de reitoria na UFRGS para critérios racionais de seleção de cotistas negros).

    O limite é que pode-se muitas vezes nos acomodarmos na zona de conforto dos acordos mínimos e não adentrarmos nas questões polêmicas, como devemos denunciar de forma franca o caráter reacionário do abandono de uma perspectiva universalista e socialista, da falta de clamor pela organização coletiva para resolver questões mais ou menos pontuais e por aí vai.

    Visto que a tática está alinhada à estratégia, ainda tenho minhas dúvidas se essa é a tática a ser seguida: de forma resumida, creio que ela prioriza os acordos mínimos teóricos e pouco avança uma agenda de esquerda, visto que há muitos taboos que evitam se discutir certas questões, principalmente se o portador do discurso for um branco.

    B) A tática “radicalizada”

    É algo que não pratico, mas aí seria, óbvio, deixar claro que há acordos mínimos, mas não ter medo de tensionar abertamente com os limites da concepção teórica “garveyista” e agregar para perto de nós os negros/as que acharem que as nossas propostas são mais interessantes que esse solo comum atual. O clima de convívio estaria mais pesado, com menos gente tendo simpatia por nós, mas agregando poucas pessoas que teriam perspectiva de fazer um trabalho anti-racista sem barganhar unidade com uma perspectiva limitada.

    Enfim, é mais uma dúvida mesmo, e creio que fica mais abstrato ainda na medida em que, para manter meu anonimato, não coloquei elementos que dariam maior precisão para analisar essa questão no meu local de atuação. Visto que não faz muito sentido discutir tática sem saber a especificidade conjuntural do local de atuação, sei que, de antemão, já é uma questão um tanto quanto abstrata, mas creio que possa ser uma realidade presente em mais lugares.

    A opção A creio que seria um recurso tático em termos de “guerrilha” – minoria numérica sem capacidade de chocar-se diretamente com um exército regular (poucos militantes de esquerda – e pra complicar mais ainda, brancos, sendo reféns do que há de mais acrítico da concepcao de lugar de fala e impedindo que nossas propostas sejam difundidas da melhor forma).

    Já a opção B crieo que seria um combate mais frontal, onde há, no cenário colocado, quadros militantes influentes (principalmente se forem negros/as) para travar uma disputa ideológica no local de forma mais escancarada e agregar para nós as pessoas dispostas a lutar, se não por uma revolução, por uma luta radicalizada de ação direta visando reformas das mais modestas às mais ousadas (luta por permanência estudantil até o fim do vestibular).

    Enfim, gostaria de trocar ideia contigo por email, a administração do LavraPalavra consegue ver o meu email, então caso queira continuar esse papo pelo privado, vê se consegue com eles meu contato!

    Abraços!

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  2. Parabéns pela profunda crítica. Não sou da área de humanas, logo minha reflexão sobre o filme é bem mais rasa. Contudo minha posição foi diferente da de tidos com quem conversei. Encontrei companhia em suas palavras. Minha visão suoerficial também foi a seguinte: retrataram o povo africano como eternos serem tribais, egoístas e que decidem tudo na base da porrada. O q pode induzir o consciente coletivo branco a produzir mais concepcoes racistas do tipo, ” são tão irracionais e violentos que nao metecem ter poder”. E adorei sua critica ao final sobre a resolução fraca dis conflitos e pior, em associação ais EUA . Apagando incêndio com copo de água. ABRAÇOS. Vc tem site? Ou blog, gostaria de ler mais de suas reflexões.

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