Por John Riddell, via ISR, traduzido por Marcella Torres
Um dos eventos mais importantes da história negra dos Estados Unidos ocorreu na distante Moscou no início dos anos 1920. Lá, em uma conferência que reuniu revolucionários de todo o mundo, dois revolucionários negros lideraram o Quarto Congresso da Internacional Comunista (Comintern) na adoção de uma estratégia mundial para a libertação negra.
Este encontro histórico ajudou a abrir a porta para o desenvolvimento de uma corrente influente de marxistas negros nos Estados Unidos, Caribe e África.
Mas por que os dois delegados negros, Otto Huiswoud e Claude McKay, tiveram que viajar meio mundo para traçar uma estratégia de libertação negra? Por que eles simplesmente não pegaram o metrô para a sede do movimento comunista dos Estados Unidos, bem em Nova York, onde moravam?
Qual foi a contribuição decisiva do Comintern para o desenvolvimento do marxismo entre os negros dos EUA?
As atas do Quarto Congresso do Comintern, publicadas em 2012 pela Haymarket Books, nos ajudam a responder a essas perguntas. Mas antes de considerar o registro do Congresso, vamos rever como foi que Huiswoud e McKay vieram a fazer a longa viagem de navio e trem para Moscou.
Ressurgência do movimento negro
No início do século XX, a segregação de Jim Crow foi imposta em todo o sul dos Estados Unidos, onde vivia a maioria dos negros, privando-os do voto e de outros direitos civis e sujeitando-os ao terror racista. Dentro de duas décadas, entretanto, um novo impulso de resistência foi sentido em setores da comunidade negra.
Essa ressurgência encontrou expressão em um movimento nacionalista negro e pan-africanista de massa – a Universal Negro Improvement Association (UNIA), liderada por Marcus Garvey, que atuou nos Estados Unidos, Canadá e em toda a região do Caribe. Essa radicalização também deu origem a uma corrente revolucionária agrupada em torno do Crusader, um jornal negro fundado em setembro de 1918 por Cyril Briggs. Suas visões e trajetória tinham muito em comum com o nacionalismo negro revolucionário mais tarde associado a Malcolm X.
O resultado da Primeira Guerra Mundial alienou ainda mais os negros da sociedade racista dos EUA. Como observa Jacob Zumoff, “Muitos intelectuais negros se sentiram traídos quando perceberam que o discurso do pós-guerra [do presidente Woodrow] Wilson de ‘autodeterminação’ e ‘democracia’ excluía os negros em todo o mundo.” Quando as potências vitoriosas se reuniram na Conferência de Versalhes, em janeiro de 1919, ficou rapidamente claro que o tratado de paz que eles estavam redigindo confirmaria o domínio colonial sobre os povos negros na África e no Caribe.
Enquanto isso, a República Soviética, excluída da conferência de Versalhes, estava implementando a autodeterminação dos povos oprimidos dentro de suas fronteiras e defendendo-a em todo o mundo. W.A. Domingo, um escritor negro radical de Nova York, observou na época que os soviéticos “estão dispostos a estender o princípio da
autodeterminação até mesmo às trabalhadoras ‘massas da África, Ásia e todas as colônias'”, enquanto buscam aproximar-se de “todos os povos oprimidos do mundo”.
Manifesto do Comintern
Em março de 1919, revolucionários socialistas de mais de duas dezenas de países se reuniram em Moscou para fundar a Internacional Comunista. O manifesto da conferência anunciou:
Na melhor das hipóteses, o programa de Wilson visa nada mais do que mudar o rótulo da escravidão colonial…. Escravos coloniais da África e da Ásia: a hora da ditadura do proletariado na Europa também será a hora de sua libertação.
De acordo com Claude McKay, um comunista negro pioneiro nos Estados Unidos, essa passagem no manifesto despertou o interesse de muitos grupos de radicais negros, que distribuíram o documento em todo o país. Aqui estava uma promessa inequívoca de lutar pela libertação dos negros nas colônias da África e nas Índias Ocidentais.
Por implicação, essa promessa se aplicava aos negros também nos Estados Unidos. Essa conclusão, não expressa na reunião do Comintern de 1919, foi explicitada no segundo congresso da Internacional em Moscou no ano seguinte. As teses do Congresso de 1920 sobre questões nacionais e coloniais, redigidas por Lenin, afirmavam: “Todos os partidos comunistas devem apoiar diretamente o movimento revolucionário nas nações que são dependentes e não possuem direitos iguais (a exemplo da Irlanda, dos negros na América, e assim por diante), e nas colônias.” O Congresso de 1920 também especificou que o apoio ativo à libertação colonial era uma pré-condição para ser membro da Internacional.
Durante a discussão do Congresso sobre a questão colonial, o delegado norte-americano John Reed passou uma nota a Lenin, perguntando se esta seria uma ocasião apropriada para falar sobre os negros nos Estados Unidos. A resposta escrita de Lenin, que foi preservada, foi: “Sim, absolutamente necessário.” Reed então proferiu uma forte acusação de opressão racista nos Estados Unidos.
Alguns meses antes, em outubro de 1919, o Crusader de Briggs anunciou a formação da African Blood Brotherhood for African Liberation and Redemption (ABB). Essa associação revolucionária representava, nas palavras de Mark Solomon, “patriotismo racial, anticapitalismo, anticolonialismo e defesa organizada contra a agressão racista”. Seus líderes, incluindo Briggs e McKay, procuraram unir o patriotismo negro com o socialismo revolucionário. Eles se posicionaram firmemente solidários ao estado soviético e ao Comintern.
Dois anos depois, a ABB resumiu sua visão da Comintern em uma declaração programática: “A Terceira Internacional [Comintern] ordenou enfaticamente a seus membros que ajudassem as raças de pele mais escura e todos os outros povos oprimidos em suas lutas pela libertação plena.”
Reorientando o comunismo dos EUA
O movimento comunista dos Estados Unidos quase não desempenhou nenhum papel nessa reaproximação. Até 1921, ainda estava preso a um dogmatismo estéril que o isolou da luta negra. O precursor líder comunista estadunidense, James P. Cannon, descreveu a origem de sua posição da seguinte maneira:
O movimento socialista prévio, a partir do qual o Partido Comunista foi formado, nunca reconheceu a necessidade de um programa especial sobre a questão negra. Era considerado pura e simplesmente um problema econômico, parte da luta entre os trabalhadores e os capitalistas; nada poderia ser feito sobre os problemas específicos de discriminação e desigualdade antes do socialismo.
Cannon cita Eugene Debs, “o melhor dos socialistas anteriores”, dizendo: “Não temos nada de especial para oferecer ao negro”.
As declarações de Reed em Moscou em 1920, apesar de sua militância, não foram muito além desse quadro. Mesmo assim, os líderes da ABB queriam fazer parte do Comintern, e isso significava ingressar à sua seção estadunidense. Em dezembro de 1921, Briggs, como delegado oficial da ABB, participou da convenção de comunistas dos EUA que fundou o Partido dos Trabalhadores.
A convenção correspondeu ao reconhecer, pela primeira vez, a necessidade dupla de fazer um trabalho educativo entre os trabalhadores negros e de convencer os trabalhadores brancos de que “para vencer, eles devem apoiar as raças oprimidas em sua luta contra a perseguição racial e ajudá-los em sua luta para garantir a igualdade política, industrial e social.” Posteriormente, a ABB evoluiu para uma aliança estreita e, por fim, fusão com o movimento comunista dos Estados Unidos.
A questão negra no quarto congresso
Dois líderes da ABB participaram do Quarto Congresso do Comintern, realizado em Moscou entre novembro e dezembro de 1922, e receberam o status de delegados com voto consultivo.
O primeiro, Huiswoud, ingressou no Partido Socialista em 1918 e, como parte de sua ala esquerda, participou da fundação do movimento comunista dos Estados Unidos no ano seguinte. Ele compareceu ao Quarto Congresso como delegado oficial do Partido Comunista dos Estados Unidos (PC) e também como representante da ABB. Aparentemente, ele não deixou nenhum relato de sua experiência em Moscou.
O segundo delegado negro, McKay, deixou uma biografia vívida de sua visita a Moscou, intitulada A Long Way from Home.
McKay, um poeta amplamente conhecido tanto entre os negros norte-americanos como internacionalmente, foi para Moscou sozinho, sem credenciais do PC. Inicialmente, a maioria da delegação do PC dos Estados Unidos procurou excluí-lo do Congresso, aparentemente porque ele concordava com a minoria do partido que pedia pelo fim de sua existência clandestina. No entanto, McKay ganhou o apoio de Sen Katayama, um veterano marxista japonês e líder do trabalho do Comintern entre os povos coloniais. Durante seus muitos anos de residência nos Estados Unidos, Katayama desenvolveu um bom entendimento a respeito do racismo e da opressão negra.
Outro fator para a admissão de McKay foi a celebração de sua presença pelo povo russo. Nas palavras de McKay:
Nunca na minha vida me senti mais orgulhoso de ser um africano, um negro, e não há dúvida…. As ruas de Moscou estavam cheias de multidões ansiosas antes do início do Congresso. Enquanto tentava avançar ao longo da Tverskaya, fui repentinamente cercado por uma multidão, lançado no ar, apanhado várias vezes e carregado em seus ombros amigáveis por um quarteirão…. Fui triunfante de surpresa em surpresa, extravagantemente festejado por todos os lados. Fui tomado por uma crista de doce emoção.
O Congresso estabeleceu uma comissão, presidida por Huiswoud, para redigir teses sobre a questão negra. McKay foi acomodado como convidado, requisitado para reuniões da comissão e pediu, junto com Huiswoud, para discursar em uma sessão plenária do Congresso.
Huiswoud expõe racismo nos EUA
Referindo-se à decisão do Congresso do Comintern de 1920 sobre a importância da libertação colonial para a revolução mundial, Huiswoud declarou ao Congresso que “a questão negra é outra faceta da questão racial e colonial.” Parafraseando outro documento do Congresso, ele contrapôs o Movimento social-democrata mundial, “uma Internacional dos trabalhadores brancos”, ao Comintern, que “é uma Internacional dos trabalhadores do mundo”.
“Embora a questão negra seja principalmente de natureza econômica”, acrescentou Huiswoud, “devemos incluir em nossa análise os aspectos psicológicos da questão”. Ele usou a palavra “psicológico” da mesma forma que Clara Zetkin, discursando no Congresso dois dias depois sobre a condição das mulheres, para denotar o que os marxistas agora chamam de “opressão”.
“A questão da raça… ainda desempenha um papel importante”, disse Huiswoud. “Os negros ainda carregam a marca da servidão originada da época da escravidão.” Ele descreveu impiedosamente as condições no Sul, onde “o linchamento de um negro é uma ocasião para divertimento”, e nos sindicatos, muitos dos quais excluíam os trabalhadores negros da filiação. Em retaliação, os negros frequentemente se recusavam a respeitar os piquetes de greve de tais sindicatos racistas, observou ele, parafraseando os pensamentos de trabalhadores como: “Tenho o direito concedido por Deus de fazer isso. Eu preciso proteger minha vida.”
Revendo o que ele considerou as três organizações negras mais importantes, Huiswoud criticou a NAACP por “fazer petições à classe capitalista para melhorar as condições dos negros, o que … é simplesmente uma forma de mendicância”. A organização de Garvey, apesar de suas imperfeições, “moveu os negros para a ação contra o imperialismo” e “despertou a consciência racial”. A African Blood Brotherhood, em contraste, era “uma organização negra radical cujo programa é baseado na destruição do capitalismo.”
McKay desafia os comunistas dos EUA
Em seu discurso no Congresso, McKay descreveu os negros como “uma raça de trabalhadores, de cortadores de madeira e carregadores de água, uma raça que pertence à
parte mais oprimida, explorada e subjugada da classe trabalhadora do mundo”. Capitalistas em todos os lugares tentam colocar negros e brancos uns contra os outros, disse ele, citando tentativas capitalistas dos EUA de “mobilizar toda a raça negra nos Estados Unidos contra a classe trabalhadora organizada”.
McKay, que defendia que os comunistas dos EUA operassem por meio de um partido político legal que trabalhasse à luz do dia, disse ao Congresso que esse caminho não era possível no sul dos EUA, onde negros e brancos eram legalmente proibidos de se reunirem.
“Quando enviamos camaradas brancos para o Sul”, disse ele, “eles geralmente são expulsos pela oligarquia branca e, se não saírem da área, a multidão branca se lança sobre eles e os chicoteia, alcatroa e empluma. Mas, quando mandamos camaradas negros, eles não voltam, porque são linchados e queimados.”
Infelizmente, os socialistas e comunistas nos Estados Unidos conduziram a luta contra “a divisão racial e o preconceito racial … com grande cautela, porque ainda existem fortes preconceitos desse tipo entre os socialistas e comunistas americanos”, disse McKay. “O maior obstáculo que os comunistas nos Estados Unidos devem superar é que eles devem, antes de tudo, se libertar de suas atitudes em relação aos negros antes que possam ter sucesso em alcançá-los por meio de qualquer forma de propaganda radical.”
Embora os dois delegados negros discordassem sobre o caráter clandestino do PC, eles eram, como McKay escreveu na época, “completamente unidos no que diz respeito à questão negra.”
Teses sobre a luta negra
A comissão sobre a questão negra apresentou um projeto de resolução, que foi encaminhado novamente para edição. A versão final, apresentada pela delegada norte-americana Rose Pastor Stokes, era mais completa e desenvolvida do que o texto original. Apresentou as mesmas recomendações, com uma exceção: uma declaração no primeiro rascunho de que “o trabalho entre os negros deve ser realizado principalmente por negros” foi abandonada e substituída por uma promessa de luta pela igualdade plena e direitos políticos e sociais iguais para os negros.
Essa mudança deve ser considerada juntamente com o compromisso da mesma resolução de convocar uma conferência internacional de negros e a convocação pública do líder do Comintern, Leon Trotsky, quatro meses após o Congresso, para que os comunistas dos EUA reunissem uma equipe de “iluminados, jovens, altruístas negros” que deveriam levar a mensagem da revolução às massas negras.
A resolução é semelhante em muitos aspectos às concepções da African Black Brotherhood. Seu texto está disponível online. Apresenta os seguintes pontos:
1. Uma explosão de revolta entre os povos coloniais “despertou a consciência racial entre milhões de negros, que foram oprimidos e humilhados durante séculos não apenas na África, mas também, e talvez até mais, nos Estados Unidos”.
2. “A história dos negros nos Estados Unidos os preparou para desempenhar um papel importante na luta de libertação de toda a raça africana.”
3. “A Internacional Comunista vê com satisfação a resistência dos negros explorados aos ataques de seus exploradores, já que o inimigo de sua raça e do trabalhador branco é o mesmo: capitalismo e imperialismo. O movimento negro internacional deve se organizar com base neste fundamento” nos Estados Unidos, África, América Central e Caribe.
4. O Comintern procura mostrar aos negros que os “trabalhadores e camponeses da Europa, Ásia e América também são vítimas dos exploradores imperialistas” e lutam pelos mesmos objetivos que os negros.
5. “A ajuda de nossos companheiros negros oprimidos [é] absolutamente necessária para a revolução proletária e a destruição do poder capitalista.” Os comunistas devem “aplicar as teses [do segundo congresso] sobre a questão colonial à situação dos negros”, que constituem “uma parte essencial da revolução mundial”.
6. A Internacional Comunista deve:
(a) Apoiar cada movimento negro que “solapa ou enfraquece o capitalismo ou coloca barreiras no caminho de sua expansão futura.”
(b) “Lutar pela igualdade das raças branca e negra, e por salários iguais e direitos políticos e sociais iguais.”
(c) Opor-se à barreira de cores nos sindicatos; apoiar a organização sindical dos trabalhadores negros.
(d) “Tomar medidas imediatas para convocar uma conferência geral ou congresso de negros em Moscou.”
A ideia central das teses – a de uma luta negra intercontinental pela liberdade – não veio do Comintern ou do Partido Bolchevique da Rússia. Em vez disso, era uma estratégia amplamente defendida na época entre os radicais negros de origem das Índias Ocidentais, que contavam entre eles Briggs, McKay, Huiswoud e também Garvey. Foi adotada, em diferentes formas, não apenas pela African Black Brotherhood, mas também pela UNIA de Garvey e W.E.B. Du Bois da NAACP.
Depois do Congresso, foi necessário adiar o projeto de um congresso de negros. Em outros aspectos, a resolução estabeleceu as bases para uma reorientação do PC dos EUA e o desenvolvimento de seu trabalho entre os negros até o final da década, quando uma posição diferente foi adotada a pedido de Moscou.
A contribuição do Comintern
Em que, então, o Comintern contribuiu para a fusão de uma corrente revolucionária negra com o movimento comunista mundial?
É impressionante o que não encontramos nos registros do Quarto Congresso e em documentos relacionados. Ausentes estão quaisquer referências ou citações de escritos passados de líderes bolcheviques. Verdadeiramente, era extremamente raro que os líderes do Comintern naqueles anos fizessem uso de citações para reforçar um ponto. Em vez disso, eles baseavam seus argumentos principalmente na atual realidade.
Também não encontramos nenhuma tentativa de bolcheviques ou líderes do Comintern estabelecidos em Moscou de instruir os delegados negros quanto ao curso correto de sua luta. Sua declaração mais substancial, feita por Trotsky, concentra-se, em vez disso, na importância do trabalho educacional dos comunistas negros entre as massas negras.
Quanto à menção feita por Lenin nas teses do Comintern de 1920 aos negros dos EUA como uma nação, isto não foi mencionado no Quarto Congresso ou discutido pela Internacional no início dos anos 1920. Em vez disso, o Comintern adotou um termo que não é mais usado hoje, mas era corrente entre os revolucionários negros: a raça negra ou africana.
Significativamente, as duas referências a documentos revolucionários prévios pelos delegados negros em Moscou tratam da primazia dos movimentos revolucionários entre os povos não brancos do mundo. McKay citou a promessa do Comintern, em sua fundação, de libertar “os escravos coloniais da África e da Europa”. Huiswoud lembrou a decisão do Segundo Congresso de decisão que “reconheceu a importância da questão colonial” e os estatutos que ela adotou, que proclamavam que o Comintern abrangia “pessoas de pele branca, amarela e negra – os trabalhadores de toda a terra”.
A contribuição do Comintern consistiu em uma percepção central, que estava enraizada nas crenças daqueles que construíram o partido Bolchevique e estabeleceram o estado Soviético. Os líderes do Comintern defenderam que a luta de libertação do povo negro fazia parte da revolta mundial dos povos oprimidos contra o colonialismo e o racismo. Eles, portanto, insistiram no dever dos comunistas em todos os lugares de apoiar ativa e vigorosamente essa luta.
Além disso, a contribuição do Comintern está em sua capacidade de ouvir e aprender com os expoentes mais clarividentes da revolução negra da época.
Agradeço a Richard Fidler e Jacob Zumoff pela
assistência de pesquisa para este artigo.